Sendo eu um produto do finalzinho dos 70's, digamos que não vim a tempo de ver em directo as maravilhas do Zip Zip ou da "Visita da Cornélia", mas vim bem a tempo de conhecer-lhe a fama desde tenra idade. Recordo-me dumas tardes passadas na companhia dos meu primos mais velhos a ouvir uma daquelas maravilhosas encenações de conversas telefónicas. Se não foi a da guerra, foi por mera casualidade.
Mais tarde recordo-me de ouvir as gargalhadas do meu pai com o anúncio "há petróleo no Algueirão" já depois do Beato ter sido vítima do mesmo fenómeno. Logo de seguida lembro-me dum tal de Horácio Pires Péres e do "Lá em Casa Tudo Bem".
Ainda há pouco tempo, numa conversa de amigos a propósito das vendas do disco que reunia um conjunto de gravações dele, recordamos estas memórias todas e concluímos que era estranho e, ao mesmo tempo era uma pena, vê-lo tão "escondido" aos olhos de todos. O nome e a cara não eram desconhecidas, mas à parte das homenagens é estranho que um país não dê "espaço" ou não chame pelos seus melhores independentemente da idade e, ainda por cima como provam as palavras de muita gente que com ele ainda trabalhou mais recentemente, cheio de ideias e vontade.
Quanto à imagem acima, escolhi-a porque resume a imagem que dele tenho - o ar bonacheirão e divertido.
1 comentários:
E quem escreve assim não é gago!
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