Vocês não sabem, porque eu nunca vos disse, mas andam uns senhores na casa ao lado a partir paredes há coisa de dois meses. Tenho feito a minha lide matinal ao som de belas sinfonias de marretada sincronizada, marretada individual, marretada a dois tempos, marretada a quatro tempos (como já deu para entender não percebo um boi de compassos musicais e fugiu-me a boca para uma analogia associada às motas). De vez em quando a sinfonia transfere-se para sonoridades plugged in à laia de martelos pneumáticos.
Por esta altura, pensava eu, já não havia mais parede para picar, mais roço para abrir, mais móvel para segurar, enganei-me... Hoje viraram-se para a única parede que ainda estava imaculada, aposto que vão adivinhar qual. Isso mesmo, a que fica do lado de lá do meu quarto. Essa toda, a encontada à cama. Ora nem mais, a colada mesmo à minha orelha direita. Obrigado por este doce despertar, amanhã novamente às 8h30 se ainda tiverem parede. Um grande bem haja, senhores.
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