Ah! Um gajo senta-se na sala de cinema, começa a ver as primeiras cenas, assim sem créditos de abertura nem nada, e pensa: ora aqui está um filme só pra machos, directo ao assunto, com tirinhos, bombas e testosterona ao rubro, ou não fosse este um filme de guerra e logo na guerra do Iraque.
A verdade é que (os mais cinéfilos já apanharam a linha de raciocínio) o filme é dirigido por uma mulher (Kathryn Bigelow). Mulher essa que, ainda por cima, está nomeada para o óscar de melhor realizador ombreando com os másculos Quentin Tarantino, Lee Daniels, James Cameron (ex-marido ainda por cima) e Jason Reitman. Não deixa de provocar um certo gozo pensar que ainda lhes leva o objecto de adorno (vulgo óscar) no terreno deles. Toma, vai buscar! Mesmo não sendo uma estreante nas andanças bélicas, é digno de nota.
Mas amiguinhos, não nos fiquemos apenas pela curiosidade, o filme tem peso para isso e muito mais, ou não tivesse 9 nomeações incluindo melhor filme. Bastam 5 minutos para perceber que não se trata duma realização qualquer, eu senti mesmo que andava ali no meio deles e sempre com uma atenção não só para a acção como para as expressões faciais e os sentimentos de cada personagem. Para ajudar à festa, um tal de Jeremy Renner, uma daquelas caras que dispõe sempre bem em filmes de guerra, saca duma interpretação que sim senhor! Em suma: é um grande filme de guerra, sem ser o típico filme de guerra.
Spoiler Alert: Não resisto sair sem partilhar aquele que é para mim o momento do filme e o resumo da lavagem cerebral que às vezes levamos... O sargento James (Jaremy Renner) brinca com o filho ainda bebé depois de voltar a casa:
A verdade é que (os mais cinéfilos já apanharam a linha de raciocínio) o filme é dirigido por uma mulher (Kathryn Bigelow). Mulher essa que, ainda por cima, está nomeada para o óscar de melhor realizador ombreando com os másculos Quentin Tarantino, Lee Daniels, James Cameron (ex-marido ainda por cima) e Jason Reitman. Não deixa de provocar um certo gozo pensar que ainda lhes leva o objecto de adorno (vulgo óscar) no terreno deles. Toma, vai buscar! Mesmo não sendo uma estreante nas andanças bélicas, é digno de nota.
Mas amiguinhos, não nos fiquemos apenas pela curiosidade, o filme tem peso para isso e muito mais, ou não tivesse 9 nomeações incluindo melhor filme. Bastam 5 minutos para perceber que não se trata duma realização qualquer, eu senti mesmo que andava ali no meio deles e sempre com uma atenção não só para a acção como para as expressões faciais e os sentimentos de cada personagem. Para ajudar à festa, um tal de Jeremy Renner, uma daquelas caras que dispõe sempre bem em filmes de guerra, saca duma interpretação que sim senhor! Em suma: é um grande filme de guerra, sem ser o típico filme de guerra.
Spoiler Alert: Não resisto sair sem partilhar aquele que é para mim o momento do filme e o resumo da lavagem cerebral que às vezes levamos... O sargento James (Jaremy Renner) brinca com o filho ainda bebé depois de voltar a casa:
JAMES"The thing is, son. One day you’ll understand that when you start out like you are now, you love everything. You love your Mommy and your Daddy. You love your bobba. You love your blanket. You even love your little crib, and these dumb toys. But as you get older some of the things you love don’t seem special anymore. That bobba is one day just going to look like an ordinary plastic bottle to you.
And the older you get, the more this happens and the fewer things you love. And by the time you get to be my age, sometimes you only love one -- or two -- things".
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