Por estes dias trago-me bastante preocupado. Então não é que um tipo cresce toda uma vida agarrado à dúvida, à indefinição... Agarrado à memória de petiz das idas domingueiras ao café ao lado do papá e de levar com aquelas sessões de adivinhas para testar a esperteza do puto que continham pérolas como: de que cor é o cavalo branco de Napoleão ou quem é que nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Se na primeira a resposta passou a ser directa, na segunda era uma pescadinha de rabo na boca.
Pois que me trago por estes dias bastante preocupado porque não sei o que será do humor domingueiro dos cafés agora que um grupo de bandalhos cientistas, na sua ânsia de responder a todas as dúvidas, veio dar resposta a uma das dúvidas mais salutares, duradouras e reconfortantes que conheço.
Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? A galinha - dizem os cientistas - porque os ovos têm uma coisa qualquer que só as galinhas lhe podem dar. Palmas. vocês são os maiores. Anda a humanidade uns milhares de anos a manter a dúvida acesa, a brincadeira activa a treinar a capacidade de raciocínio e acaba tudo assim? De um dia para o outro, graças a uns tipo de óculos e batas brancas das Universidades de Sheffield e Warwich, no Reino Unido? Recuso-me a entrar no jogo deles. Para mim as galinhas têm coisas que estão no ovo, mas para a galinha estar cá fora foi preciso que o ovo fizesse o seu trabalho. Fico na mesma e não quero falar mais nisso.
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