Há poucas pessoas assim, daquelas que nos marcam a vida.
Daquelas que nos mostram que as coisas não são cinzentas, nem frias e que ser alegre e bem disposto também tem lugar dentro da fé.
Daquelas que nos abrem as portas, nos chamam para dentro, nos convidam a darmos o que temos e nos conseguem fazer dar o melhor que temos.
Daquelas que nos pedem para sermos mais, para assim darmos mais - "ninguém dá o que não tem", frase batida e simples, mas que dita naquele momento nos dava a responsabilidade de ter.
Daquelas que não nos julgam, apenas nos sorriem e perguntam como estamos.
Daquelas que nos mostram que não temos de ter receio em dizer o que pensamos, em fazer o que sentimos ser correcto ainda que o mundo se mostre inflexível, tacanho, incapaz de nos dar essa liberdade.
Daquelas que nos mostram que Deus é aberto e não fechado.
Daquelas que são um exemplo na fé e fora dela e nos dizem para misturar as duas dimensões bem misturadas, ora com uma homilia forte, ora com uns toques de acordeão num qualquer cantar ao desafio de letra cheia de segundos sentidos.
Daquelas que aceitam o Homem como ele é e lhe dá espaço para o ser.
Há poucas pessoas assim, daquelas que nos custa mesmo ver partir.
Há poucas pessoas assim, daquelas que nos custa mesmo ver partir.
O Padre Salvador Cabral, era uma dessas pessoas.
1 comentários:
é um dia triste para todos nós.
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