too much... maybe | imagem: apple.com |
Contudo, e à medida que fui respondendo afirmativamente de forma louca ao convite para adicionar novos artistas e novas músicas, à medida que fui ripando todos os meus cd's para dentro dessa gigante compilação, à medida que passei de uma semana para um mês de músicas, de um mês, para meio ano, comecei a perder a noção do quanto tenho de bom por ali guardado. Do quanto já me esqueci que ali tenho... Fui cedendo à tentação do shuffle, mas o shuffle (ainda que tenha a vantagem de nos surpreender associando duas musicas que nunca pensaríamos poder tocar juntas; ou de nos fazer recordar esta ou aquela faixa esquecida) tem o dom de "conseguir" atirar para os confins do esquecimento certos discos e artistas que, tendo ficado na prateleira para dar lugar a mais recentes audições, começam a ter demasiadas dificuldades em reemergir no emaranhado de ficheiros, géneros e artistas que se vão somando. A tarefa de os tornar visíveis, de os fazer emergir como o tipo de música que queremos ouvir precisamente naquele momento torna-se uma grande dor de cabeça.
"Ah, seu crápula... que consomes a música como pastilha elástica e tens por ela a fidelidade de um macho dominante num harém de fêmeas". Que querem que vos diga? Nos dias que correm há sempre tanta coisa para ouvir, descobrir, desembrulhar, degustar que o cérebro tem dificuldade de registar com suprema eficácia tudo o que lhe vamos dando a provar. O "São" iTunes é bom, o erro é nosso que não temos a mesma capacidade de processamento e memória. E vem isto a propósito dos maravilhosos Man Man e desta maravilha há muito perdida no "emaranhadoTunes".
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