quem não aguenta vai ao wc | imagem: publico.pt
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Hoje há greve, já todos sabemos. O que provavelmente não sabemos são os motivos para a greve, ou seja, o que pretendem os trabalhadores. Não sabemos porque não fomos à procura dessa informação. Não sabemos porque a explicação aparece apenas no último parágrafo ou no rodapé da notícia que gastou mais de metade do espaço/tempo a fazer alarido à volta da guerra de números, às desgraças que se abateram sobre os utentes e o quanto contribuem para o "fim" do país. Estou farto destas conversas da treta.
É uma merda esperar horas pelo transporte. É uma merda ter de ir de táxi para o trabalho porque não há comboios. É uma merda o caos do trânsito. Enfim, as greves (sobretudo as dos transportes que é o que aqui está em causa) são uma merda, mas nem todas são um exagero. Andamos anos a levar com o chuveirinho de argumentos contra as greves e os grevistas (sobretudo de quem trabalha nos transportes), assim ao jeito de desgaste lento, que até já usamos os argumentos de quem está pouco interessado em saber das pessoas e dos trabalhadores. Eu, culpado me confesso.
Na realidade, dado aquilo que nos andam a fazer, vão ser precisas muitas e muitas greves destas e outras piores. Ou muito me engano, ou vai chegar o dia em que até quem agora, logo à primeira oportunidade, grita impropérios contra os burgueses dos maquinistas, condutores de autocarro e outros que tais vão ser os primeiros a marchar e a bater no peito contra aquilo que vai mal. É que nem com as crianças a gritarem que o rei vai nu nós reparamos...
Já agora, os trabalhadores estão a protestar contra os aumentos abusivos que agora entram em vigor e contra o fim de muitos trajectos, ou seja, é um protesto também a favor dos utentes. Numa rápida pesquisa pelas edições online (com tudo o que isso tem de aleatório) não encontrei uma única referência a este facto.
Já agora, os trabalhadores estão a protestar contra os aumentos abusivos que agora entram em vigor e contra o fim de muitos trajectos, ou seja, é um protesto também a favor dos utentes. Numa rápida pesquisa pelas edições online (com tudo o que isso tem de aleatório) não encontrei uma única referência a este facto.
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