Dizer que este é um filme sobre lixo e sobre o maior aterro sanitário da América Latina - Jardim Gramacho - é dizer pouco. Waste Land é, em primeiro lugar, um retrato do processo criativo do artista plástico brasileiro Vik Muniz, o mesmo que impressionou o mundo com as suas reproduções de pinturas célebres feitas com açúcar, geleia ou manteiga de amendoim. Tal como já havia feito na série Sugar Children, Muniz foi para o terreno com a máquina fotográfica, conheceu pessoas, ouviu histórias, recolheu imagens e depois recriou-as usando exactamente o mesmo material com o qual aquelas pessoas trabalham todos os dias: o lixo.
Mas, mais do que apenas fazer o elogio do artista, este é um filme sobre essas pessoas e sobre as suas ambições. Mesmo vivendo contentes/contentadas com o pouco que têm, estão apenas à espera dum empurrão, duma oportunidade, de quer algo extraordinário possa acontecer. E, quase sem darmos por isso, já estamos a assistir a essa transformação, a essa superação. Pelo meio, a pergunta: será que é justo um artista aparecer e transformar por completo as ambições e ideais de vida de quem, à partida, encontra na sociedade apenas barreiras que as impedem de crescer?
O documentário, que teve honras de prémio em festivais de cinema tão conceituados como Sundance ou Berlim, é o resumo dos três anos de trabalho e da cumplicidade que se gerou entre artista e objectos: os catadores do Jardim Gramacho. Aproveitem enquanto é tempo porque o aterro tem morte anunciada para o final deste ano.
Mas, mais do que apenas fazer o elogio do artista, este é um filme sobre essas pessoas e sobre as suas ambições. Mesmo vivendo contentes/contentadas com o pouco que têm, estão apenas à espera dum empurrão, duma oportunidade, de quer algo extraordinário possa acontecer. E, quase sem darmos por isso, já estamos a assistir a essa transformação, a essa superação. Pelo meio, a pergunta: será que é justo um artista aparecer e transformar por completo as ambições e ideais de vida de quem, à partida, encontra na sociedade apenas barreiras que as impedem de crescer?
O documentário, que teve honras de prémio em festivais de cinema tão conceituados como Sundance ou Berlim, é o resumo dos três anos de trabalho e da cumplicidade que se gerou entre artista e objectos: os catadores do Jardim Gramacho. Aproveitem enquanto é tempo porque o aterro tem morte anunciada para o final deste ano.
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