Percebi neste exacto momento - à medida que o meu leitor de música debita decibéis de som nos ouvidos - que ainda não tinha feito o obséquio de dedicar meia dúzia de linhas aos Parlovr, uma banda canadiana de nome difícil de dizer- diz-se Parlor-, mas muito mais fácil de decorar. Como é possível? É o horror, a burrice, o cúmulo do deixa andar... Ao contrário dos amigos Arcade Fire de quem falei há pouco e da capa do disco (em cima), estes são apenas três, o que ninguém diria pela explosão de som que nos chega a cada audição. Dizem eles que fazem uma coisa chamada "Sloppy Pop", uma designação como outra qualquer.
Cada vez mais estou convencido de que há países de onde só aparecem boas bandas e boa música. Estou apostado em sustentar a tese de que são coisas que metem na água que se bebe por lá, ou então, é só o efeito de já recebermos tudo devidamente filtrado de impurezas sonoras. De qualquer das formas, há países de onde, depois da erupção de uma banda - muitas logo ao primeiro disco - parece que as outras se entusiasmam ou é só a força da indústria a falar. Como era bom que, em breve, fossem outros sítios, noutras línguas, a falar assim de Portugal.
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