Já não lhe bastavam os atropelamentos constantes, motivo pelo qual aquela lágrima no olho esquerdo se tornou permanente, e ainda tem de lidar com a dor da partida das mãos que lhe deram forma e da cabeça que lhe deu a existência desgraçada. A vida é muito mais solitária agora, com
a pequena trouxa às costas, ainda que a namoradita lhe dê algum alento.
No queixume das horas difíceis, respeitemos o petiz. Permitam-me, ainda
assim, continuar a atropelá-lo.
Vem isto a propósito do falecimento de Carlo Peroni, ilustrador italiano, que assinava sob o nome Perogatt e que em 14 de Julho de 1963 nos deu a conhecer o piccolo Calimero.
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