Na iminência da morte, Adam sente-se surpreedentemente calmo. Apesar do choque não está zangado, nem tem vontade de gritar com ninguém. Limita-se a fazer o que fez sempre: aceitar e deixar-se levar. Tudo está bem. Aguenta-se. Isto não é nada. Nada mudou.
Com o tempo, ganha forças e, finalmente, começa a sentir. Começa a prestar atenção aos pormenores, a compreender os outros. A destruir e reconstruir: relações, pessoas. É na iminência da queda que respira com vontade pela primeira vez. É na iminência da queda que aprende a separar o que importa e o que não tem importância nenhuma. É na iminência da queda que atinge o melhor de si. Ele e nós, se pensarmos bem.
A viagem é divertida, a verdade é essa. Não a percam.
2 comentários:
Também gostei muito :)
não é à toa que está nomeado para um Globo de Ouro
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