olha, olha... o gajo assinou, o gajo assinou... | imagem: Público |
Já lá vai o tempo em que éramos brandos nos costumes. Agora somos um país brando, ponto. O Governo e os patrões propõem, um Sindicato pira-se e acusa, o outro assina. O povo, ainda mal percebeu o que lhe vai acontecer e já a coisa está garantida, aprovada e assinada. Rápido e indolor? Nem por isso. Mas, como sempre, só na prática é que os "compreensivos" portugueses vão perceber o que lhes reserva o Sr. Doutor. Retrocesso ou o acordo do menos, é o meu resumo da coisa.
Ah, mas «Portugal mostra ao mundo, aos mercados, que mais uma vez sabemos ultrapassar as nossas diferenças e sabemos unir-nos em momentos de dificuldades. É exactamente com este espírito de união consagrado neste acordo que mostramos ao mundo que estamos a lançar as bases para vencer a crise», diz o Álvaro. Pois eu entendo que alguém fique contente, mas esse alguém não é certamente o povo/trabalhador Português.
E calma «todos os portugueses devem estar satisfeitos», «isto é um jogo de seleção, não de equipas», afinal, as medidas «resultam do memorando da 'troika», explica-nos o "bom samaritano" António Saraiva, presidente da CIP. Há muito que, por aqui, se sabia que a "troika" era a mãe de todas as desculpas.
Enfim, como dizia o outro noutro contexto, habituem-se! Este é só um sacrifício para colher mais tarde, há que ter fé... E a fé salva, meus meninos. Ergamos todos as mãos em gesto de oração agradecida pela dádiva do trabalho. E calminha que somos um país «ambicioso, inovador e audaz», assegura o nosso Primeiro. Cá um beijinho, riqueza de sua mãe.
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