o bolorento está com ganas... | imagem: wallpaper vortex |
Venha de lá esse Salazar "amigo" que parece que há quem dele sinta saudades. Ele que venha saído da cova para, naquela voz de quem levou um pontapé nos túbaros ou nunca os teve, vir escorrer discursos inflamados sobre a pátria e o império. Ele que venha vender ao povo, mais uma vez, a grandeza gigante da nação e da sua gente valente que sobrevive apenas daquela panela ao lume com uma boa dose de farinha e duas couves apanhadas no quintal; que não se importa de remendar a fatiota puída de tanto uso; que trabalhará com afinco nada conquistando, mas conservará o sorriso; que voltará às grande romarias das procissões, dos peditórios e dos piqueniques de broa e vinho animados pelos ranchos-folclóricos: pobretes, mas alegretes.
Venha de lá esse bolorento país em que o povo bate palmas sem saber bem a quê (talvez para aquecer porque a roupa não chega para vencer o frio). Venha de lá essa cegueira e seguidismo do "cá se vai andando", "que remédio", "é a vida"... Venha de lá o velho expediente.
Vem isto a propósito das notícias recentes (esta do jornal Público é uma delas) que prometem o nascimento - regresso diria eu - da marca salazarenta. Confesso que não me choca que a terra natal do senhor use isso como chamariz turístico para as pessoas verem a realidade que fecundou e gerou o infinitamente pequeno "grande ditador", mas daí a inventar produtos com o seu nome... Só se for vinho amargo - carrascão, mesmo - ou enchidos de pão duro e bolorento, mas sem carne.
Certamente que esta gente só pode estar contagiados pela crescente febre zombie e vampiresca que põe tudo e todos a idolatrar a hipótese de fuga ao mundo dos mortos.
Venha de lá esse bolorento país em que o povo bate palmas sem saber bem a quê (talvez para aquecer porque a roupa não chega para vencer o frio). Venha de lá essa cegueira e seguidismo do "cá se vai andando", "que remédio", "é a vida"... Venha de lá o velho expediente.
Vem isto a propósito das notícias recentes (esta do jornal Público é uma delas) que prometem o nascimento - regresso diria eu - da marca salazarenta. Confesso que não me choca que a terra natal do senhor use isso como chamariz turístico para as pessoas verem a realidade que fecundou e gerou o infinitamente pequeno "grande ditador", mas daí a inventar produtos com o seu nome... Só se for vinho amargo - carrascão, mesmo - ou enchidos de pão duro e bolorento, mas sem carne.
Certamente que esta gente só pode estar contagiados pela crescente febre zombie e vampiresca que põe tudo e todos a idolatrar a hipótese de fuga ao mundo dos mortos.
1 comentários:
Que venha daí o ser humano sem liberdade, que agradece a Deus tudo o que vem de bom e aponta a um desconhecido demónio os infortúnios do nosso país porque eles, ai eles, não têm culpa nenhuma. Contínuo com uma enorme vergonha alheia, desejando que na próxima reencarnação venha em forma de cão ou melhor, uma peça sem vida para não ter de partilhar o espaço com seres tão orgulhosamente ignorantes.
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