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lavo daí minhas mãos, já dizia Pilatos... e o triste fim que ele teve: suicidou-se | imagem: Público online |
No caso de terem ficado pouco esclarecidos com a reflexão anterior, achei melhor concretizar. É tão evidente que nem precisaria de dizer mais nada, mas não consigo... Não me contenho...
O douto Sr. não terá, jamais, culpa. Pobre coitado que se tem esfolado tanto a pensar em forma de sugar dinheiro para o poço sem fundo da austeridade. É um mártir, o pobre. Tem sido o povo, esse trapaceiro, que tem andado a conspirar contra ele, o Governo e a recuperação que, nas contas certinhas da folha excel, já devia ter chegado.
Foi o povo que não comprou carro novo - mesmo podendo, palavras dele - e lhe negou melhores resultados na cobrança de IVA. Foi o povo que deixou de jantar fora matando o aumento do IVA na restauração. Foi o povo que começou a comprar arroz carolino do mais barato em vez do muito melhor agulha, não tem gosto nenhum este povo. Foi o povo que a rir - o mafarrico - começou a meter gasolina da mais baratinha nas bombas dos hipermercados, deixando de pôr daquela aditivada que faz mais Kms e tudo, este povo é mesmo burro. Foi o povo que foi ter com o patrão e lhe pediu - por Deus - que lhe
baixasse o salário este ano e, assim, descontar menos em IRS; assim como
quis receber menos subsídio de alimentação ou em senhas para deixar a
máquina fiscal a arder. Foi o povo - maquiavélico e malévolo - que bateu à porta do Sr. Antunes e lhe disse: sabe, estou com inveja da minha esposa e do meu filho que terminou agora a licenciatura mais a minha filha que anda a passear os livro no 12º ano; andam lá por casa a viver à conta e convinha-me ser despedido para viver à mingua com o subsídio de desemprego; só para lhes mostrar como elas lhes mordem. Podia ficar nisto o dia todo...
Amigo Passos, nós ouvimos-te e vamos fazer o favor de nos sacrificar mais e mais, até ao sacrifício final. Seremos mártires nas tuas mãos de mártir; afinal somos iguais, não é...? Em 2013 vamos gastar tudo até ao último cêntimo para que tu consigas atingir os teus objectivos e ainda vamos conseguir poupar muito, como nos disseste no início do mandato, para ajudar os - ò pais salvadores - teus e nossos amigos bancos.
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