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acreditem, ela tem melhor aspecto que eu | imagem: daqui |
Não sei como, nem de onde, o grande pulha aparece sem ser anunciado e começa a soltar observações hostis, rudes, obscenas, desnecessárias e más. Não importa contra quem, qual o tema, situação, motivo... Qual motivo, qual quê? Quando dou por mim já se me cresceu o bigode, a unhaca do mindinho direito avança destemida para coçar, em movimentos circulares, a orelha do mesmo lado do corpo e juro, mas juro mesmo, que me sinto abrir o vidro, meter o braço esquerdo de fora e esticar o dedo médio enquanto grito frases e palavras que desconhecia até então... É grave, muito grave. Perguntem às vítimas...
Temo agora que o parasita me tenha invadido o cérebro e obliterado a personagem que lá vivia. O mais certo, disseram-me, é a culpa ser minha. Suponho ter ingerido um pastel de bacalhau, palitado os dentes e em seguida agarrado no volante... Lamentável o meu desleixo. Criei as condições propícias e fui invadido pelo vírus taxista.
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